O mundo mudou. Agora ser bom é ruim, o bom é ser ótimo. Tudo começou com a qualidade. Atribuímos valor de adjetivo a uma questão que deveria fazer parte de nossas funções. Fazer bem feito era o óbvio. Faríamos o melhor simplesmente por ser o melhor.
De repente, a qualidade tornou-se um diferencial no mundo coorporativo e passamos a copiá-la, entendê-la e adotá-la e, quando menos esperamos, demos” um tiro no pé”. Somos reféns de nossas próprias competições, frutos de nossas próprias vaidades.
Posso exemplificar com fatos reais: Trabalhava na área comercial de uma multinacional e possuía um objetivo a atingir todos os meses, calculado sobre performances agressivas no mercado.
Não bastava atingi-los, pois o colega, a fim de realizar um resultado superior, trabalhava mais horas, finais-de-semana, feriados, não descansava, não vivia, e, é claro que por uma questão matemática, vendia mais.... Como competir? Como performar? Deixando de conviver com os meus? Largando as certificações?
Surgia a sensação de frustração, de aprisionamento, as costas doíam, era o estresse.
Mas, se parasse por aí seria fácil...Acontece que “Tio Sam” queria resultado e os “colegas” multiplicavam-se a cada dia. O comentário era que terceirizavam a atividade.
“- Vamos aumentar a meta, pois o grupo vem superando...”.
“- Já que eles ultrapassam os objetivos até nas férias, vamos instituir meta de férias (?).”
Sentimento de impotência, nó na garganta, chacra laríngeo travado, certeza da submissão. Era o estresse.
"Sabe aquelas ferramentas de venda que sempre tiveram? Tenha este resultado para merecê-las, afinal devemos premiar quem dá mais resultado!"
Percebi que as chances deles aumentavam, tentei correr, mas não era mais possível disputar essa maratona. Vivenciei o “efeito tostines.” Eles vendem mais porquê são melhores ou são melhores porquê vendem mais?”
Era o estresse.
Qual foi a solução?
Como nas serpentes onde o antídoto é feito do próprio veneno a solução é a qualidade. Qualidade no trato com as pessoas. Qualidade na imagem que possui. Qualidade no trabalho que realiza. A partir daí é só esperar, pois o tempo sempre mostra o real e determinadas valores são construídos sobre pilares mais importantes que um resultado momentâneo, por mais turbinado que seja.
Moral da história: Jamais corrompa seus valores de qualidade.
Olha ela aí de novo!
Quanto a mim, larguei esta atividade. Apesar de respeitar a Companhia entendi que meus valores e minhas potencialidades estavam sendo mal aproveitados. Dedico-me agora ao que amo que é o desenvolvimento pessoal.
Busco multiplicar qualidade.
E você?
Ainda há tempo, reveja você também se está no local adequado, na hora certa, deixando sua marca, fazendo a diferença. Não há milagres. A realização profissional só acontece quando se alia muito trabalho a muito amor.
Pensem nisso!
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário